Mantega vai para o balcão

O corte de 50 bilhões de reais no orçamento valerá até o final de 2011. Adiaram muitos concursos públicos, como do Banco do Brasil, INSS, Polícia Rodoviária Federal e agora o do Senado. Tudo isso para dar um 'cooorte'  radical nos gastos do governo.

O ministro da fazenda, Guido Mantega, disse que o corte nos gastos públicos ajudarão a diminuir a demanda do setor público, que tem impacto na inflação.

"Isso se dará na veia. Não daqui a seis ou oito meses como acontece quando há redução de juros", disse o ministro, destacando que o resultado do corte de despesas já será observado nas contas de janeiro. "Essa redução das despesas poderá ser vista pelo resultado fiscal. É uma ação mensal do governo", declarou Mantega.

Na minha 'santa' inocência eu pensei que eles vetariam ou adiariam o reajuste dos salários dos parlamentares e da presidenta. Que foi aprovado no último dia de votação efetiva do ano passado (2010) na Câmara.

Se é contenção de gastos, como explicar o reajuste de 61,83% nos salários dos próprios parlamentares, de 133,96% no valor do vencimento do presidente da República e de 148,63% no salário do vice-presidente e dos ministros de Estado?

O reajuste entrou em vigor agora no dia 1º de fevereiro. Então, se Mantega disse que o corte já terá efeito imediato, no mês de janeiro, é porque ele quis mostrar um mês do ano que não contabilizará o reajuste dos parlamentares, com números mais bonitos e sem questionamentos populares. Abafando esse rombo que a máquina pública irá sofrer. Já, de fevereiro de 2011 não passará! E teremos os números reais dos gastos provocados pelo reajuste.

O projeto iguala em R$ 26.723,13 os salários dos deputados, dos senadores, do presidente da República, do vice-presidente da República e dos ministros do Executivo. Esse é o mesmo valor do salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que serve como teto do funcionalismo público. 


Não ficou só nisso, o aumento salarial provocou  um efeito cascata nas Assembléias Legislativas dos Estados e nas Câmaras Municipais. Os deputados estaduais tiveram aumentosde até 75% do valor pago aos deputados federais e os vereadores com reajustes de 20% a 75% do valor pago aos deputados estaduais, dependendo do número de habitantes do município.

Te lembro desses fatos para que ao precisar de um serviço público, você lembre o 'porque' da demora no atendimento, a demora das análises pedidas, as delongas acontecem por isso: faltam funcionários. E a reposição dos quadros do funcionalismo público foi vetada em 2011.

O GOVERNO FEZ CORTES PARA CONTER A INFLAÇÃO E MANTER UM CRESCIMENTO DE 5% AO ANO. MAS OS CORTES NÃO ATINGE O BOLSO DELES! CLARO QUE NÃO!

Fica claro que o governo, no âmbito federal, estadual e municipal estão seguindo a lógica do velho ditado popular: "faça o que eu digo e não o que faço." Este corte para o funcionalismo e emendas parlamentares é um veto a melhorias para o povo. Tanto a parte do povo que é atendida, quanto a parte do povo que vive estudando para ingressar na carreira pública.

PRO POVO? DITADURA DO MÍNIMO DE R$ 545,00.
EEE, NADA MAIS!
TUDO EM PROL DO CRESCIMENTO!
AVANTE BRASIIIILLLL!

...credo!

Eu e você? Sempre um papo!